Sempre fui ensinado a escovar os dentes e depois passar o fio dental. Mas nesta data, coincidentemente, dia do dentista, superei isso.
Não estou só. Há tempos observo companheiros de banheiros públicos, com quem divido as mesmas pias na tarefa diária da higiene bucal. Vejo que esfregam a dentada somente após o abraço cuidadoso e individualizado que o fio de náilon proporciona a cada dente.
Faz todo sentido. A lógica da limpeza exige ordem e progresso - inteligência. E como toda mudança que se quer significativa, vem de dentro pra fora. Do menor para o maior, do micro para o macro, do pouco para o muito.
Primeiro as entranhas, a infraestrutura. Da gengiva pro dente, do dente pra boca, da boca pro mundo - com a ajuda milagrosa da água, que tudo dilui ou carrega.
Hoje foi dia de ruptura. Subversão da ordem.