Redação para mídia impressa envolve técnica e procedimento
próprios do gênero
O primeiro parágrafo é o lead,
e dele devem constar o quê, quem, quando, onde, como e por quê de um
acontecimento, em ordem decrescente de importância. O segundo parágrafo é o sublide, e serve para comprovar,
documentar algum aspecto do lead. “Se você tiver uma citação importante ou uma
prova, ela não pode passar do segundo parágrafo. Coloque-a logo!”, disse o
professor de jornalismo do Uniceub, Luiz Cláudio Ferreira.
Geralmente não se inicia parágrafo com advérbios de sufixo
“-mente”. Os demais parágrafos trazem outros detalhes e informações, e devem
ter tamanhos homogêneos.
Para informações
adicionais, Intertítulo.
A força e a consistência do texto jornalístico advêm do uso
de substantivos e verbos, em detrimento de advérbios e adjetivos. Os últimos
devem ser usados com parcimônia, para descrições técnicas. Adjetivos
valorativos são desnecessários, irritantes, frouxos e subjetivos demais.
Fuja de construções com os pronomes possessivos seu(s) /
sua(s). Seu texto pode ficar ambíguo. Afinal, clareza é o que se busca em jornalismo. Segundo
o manual da Folha, “o texto de jornal deve ter estilo próximo da linguagem
cotidiana”. Não obstante essa assertiva indefectível, o periodista não pode
esquivar-se de ir ao encalço do vernáculo.
Conclusões
Elas não existem no texto noticioso. O mais importante já
passou. O leitor que chega até o último parágrafo tem muita curiosidade – ou
muito tempo disponível. O jornalista não. A mídia impressa faz parte de uma
indústria, com toda pressão que isso envolve em termos de cumprimento de prazos.
O temível horário de fechamento recebe o nome de dead-line.
Nem tempo, nem espaço. A diagramação deve ser respeitada.
Informações e anúncios publicitários disputam a área do papel. “O texto
jornalístico é concreto, passível de ser medido em centímetros”, escreveu Dad
Squarisi. “Se não couber no espaço reservado para ele, entra na faca dos
editores”. Assim, a notícia pode tranquilamente acabar sem mais nem menos.
Referências:
- Lage, Nilson. Estrutura da Notícia. 5ª ed. – São Paulo:
Ática, 2002.- Squarisi, Dad. A Arte de Escrever Bem: Um guia para jornalistas e profissionais de texto/ Dad Squarisi, Arlete Salvador. 6ª ed. – São Paulo: Contexto, 2009.
- Manual de Redação da Folha, disponível no sítio http://www1.folha.uol.com.br/folha/circulo/manual_redacao.htm
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